Provavelmente a maioria se lembra da época em que o aeróbico em jejum foi ovacionado com a justificativa que otimizava a queima de gordura. Como consequência víamos as academias lotadas às 6h da manhã. Cheia de pessoas realizando exercícios aeróbicos de baixa/moderada intensidade buscando alcançar essa “promessa” de queimar mais gordura.
O tempo passou e estudos mais atuais demonstraram que não há diferença significativa na perda de gordura quando realizamos exercício em jejum, quando comparado ao exercício já alimentado. Então, se o motivo de você treinar em jejum seja perder mais gordura, eu irei te desencorajar em manter esse hábito.
Mas e se o motivo de treinar em jejum for uma preferência pessoal? Pode?
Várias pessoas são adeptas ao treinamento em jejum porque não se sentem bem quando se alimentam logo no início da manhã. Ou por alguma intolerância gástrica ou porque acabam tendo sintomas durante o treino (náuseas, sensação de retorno alimentar, empachamento).
A resposta é que na grande maioria das vezes, não existe problema algum treinar em jejum. Mas lembre-se que alguns pontos devem ser atentados:
- O seu treino não deve ultrapassar 1h – 1h30;
- No jantar do dia anterior você deve ingerir alguma fonte de carboidrato em uma quantidade suficiente para garantir seus estoques de glicogênio (principal reserva de energia do corpo) para serem usados no treino do dia seguinte;
- Se você possui doenças como diabetes, ou usa algum tipo de medicação hipoglicemiante o treinamento em jejum pode ser prejudicial pra você pelo risco de hipoglicemia.
Agora quando o assunto é performance ou o seu treino ultrapassa 1h30 o treino em jejum não é uma boa opção pra você.