Mathieu Van der Poel e Lotte Kopecky venceram neste final de semana a clássica Paris-Roubaix. Atuais campeões mundiais de Estrada, o neerlandês e a belga reforçaram assim o domínio que impõem nas provas de um dia da atualidade.
No sábado, Lotte Kopecky (SD Worx-ProTime) só conseguiu decidir a prova no sprint dentro do velódromo de Roubaix. Em uma ultrapassagem impressionante ela superou a italiana Elisa Longo Borghini (Lidl-Trek) e a alemã Pfeiffer George (DSM).
A neerlandesa Marianne Vos (Visma-Lease a Bike) fez a última curva em primeiro, mas não conseguiu segurar a ponta e terminou em 4º. Vos foi assunto na última semana ao alcançar 250 vitórias profissionais. A Paris-Roubaix era um dos grandes objetivos dela no ano.
VAN DER POEL SOBERANO
A prova masculina foi realizada no domingo e Mathieu Van der Poel conseguiu um feito impressionante, mesmo para um ciclista como ele, que não cansa de galgar feitos incríveis. Há 15 anos a disputa não assistia um campeão renovar seu título e há 62 anos um ciclista não ganhava Roubaix com a camisa de campeão mundial depois de ter vencido também a Volta de Flandres.
A equipe Alpecin, de Van der Poel, fez uma exibição de galã e inédita. Nunca um time tinha vencido as três primeiras clássicas monumentos em sequência. Eles venceram a Milão-São Remo com Jasper Philipsen e a dobradinha Flandres-Roubaix com Van der Poel. Neste domingo, os dois fizeram primeiro e segundo na competição.
Outro dado surpreendente é que as três provas tiveram a velocidade média mais alta de suas histórias. Em Roubaix, o vento foi um fator fundamental para o ritmo alto, ao mesmo tempo em que Van der Poel pedalou os últimos 60k sozinho na ponta da prova. O dinamarquês Mads Pedersen (Lidl-Trek) completou o pódio.
O brasileiro Vinicius Rangel (Movistar), estreante na prova, completou na 94ª colocação, 18min20s atrás do vencedor e teve a honra de conhecer os chuveiros de Roubaix.
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Agora as atenções se voltam para as Clássicas Ardenas, com destaque para a Liegè-Bastogne-Liegè, que marcará o embate entre os dois melhores classicômanos da atualidade: Van der Poel e Tadej Pogacar (UAE). A história do ciclismo agradece.