Frio, chuva e emoção: Flechè-Wallonne 2024

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Demorou quase cinco anos, mas a polonesa Kasia Niewiadoma (Canyon/SRAM) voltou a vencer uma corrida de bicicletas nesta quarta-feira, 17/4. E foi em grande estilo. Niewiadoma foi a mais forte na mítica subida do Mur de Huy e cruzou sozinha a linha de chegada na Flèche-Wallonne Feminina.

Kasia deixou para trás a neerlandesa Demi Vollering (SDWorx) que defendia o título e a italiana Elisa Longo Borghini (Lidl-Trek), que vive um momento formidável, com uma recente vitória na Volta de Flandres.

Esta foi a 11ª participação consecutiva de Niewiadoma neste evento. Ela já tinha sido 6ª, 5ª, 4ª, 3ª e 2ª colocada. E hoje, enfim, a vitória chegou.

Aos 29 anos, ela é considerada uma das ciclistas mais fortes do pelotão, com inúmeros postos de honra, mas poucas vitórias. Com essa, são apenas 19, sendo que a última tinha sido conquistada em 2019.

A disputa de 146km pela região da Valônia, na Bélgica foi sob um clima terrível, com muita chuva e frio.

Tornando ainda mais complicada a vida das ciclistas.
A brasileira Tota Magalhães completou a prova na 79ª colocação, 5min45s atrás da campeã.

PRIMEIRA VITÓRIA BRITÂNICA
Entre os homens, Stevie Williams (Israel) venceu com autoridade uma prova disputada com uma dinâmica muito peculiar, com a ausência dos principais favoritos.

Os ciclistas sofreram muito com o intenso frio (apenas 44 homens completaram a clássica). O caso mais emblemático foi o abandono de um dos favoritos para a vitória Matias Skjelmose (vídeo acima). Ele não conseguiu se aquecer e precisou ser carregado pelo staff.

Com isso, a disputa viu inúmeros ataques e uma grande expectativa que a fuga pudesse vingar.

O britânico, inclusive, chegou a fazer parte de um reduzido grupo perseguidor, no intuito de alcançar o dinamarquês Soren Kragh Andersen (Alpecin), que liderou a prova por muitos quilômetros.

Porém, as fugas raramente vingam na Flèche -Wallonne e o pelotão – mesmo que muito reduzido – chegou agrupado ao desafio final do Mur de Huy.

Williams achou uma brecha e saltou do grupo abrindo uma diferença que não pode mais ser neutralizada. O francês Kevin Vauquelin (Arkea) e o belga Maxim Van Gils (Lotto) completaram o pódio.

As Clássicas Ardennas, como são conhecidas as provas desse período do ano, terminam no próximo domingo, com a disputa da Monumental Liegè-Bastogne-Liegè.

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